sexta-feira, julho 15, 2005

Qualidades pessoais do mediador

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II Recomendação do Forum Europeu da Mediação Vítima-Agressor & Justiça Restaurativa no âmbito da formação de mediadores em questões criminais:

"In every training, knowledge, skills and personal qualities should be addressed.



Personal qualities:


A mediator should be someone who is relatively open to discuss personal values and should have the capacity to reflect on his/her own way of dealing with conflict.

Having the capacity for personal growth, i.e. being able to develp as a person, is important.

The mediator needs to be supported and helped to deal with issues of personal growth during training.

He/she should have the capacity for openness and sharing (for example, talking about his/her own values, about how he/she reacts, about his/her vulnerabilities, about what kind of influence this could have on the mediation process, etc).

It is important to, during training, be exposed to one's own capacity to manage oneself in the mediation process, i.e. how to combine one's role as a mediator and as an individual.

Another important element is to be able to give and accept feedback.

Training should also include the skill of self-management with particular regard to working with one's own prejudices and perspectives. One principle aim in training is to broaden the perspective of the mediators and to deepen their capacity to grow as people who are willing to explore their own strenghts and vulnerabilities.

The value of this depth of training lies in enabling the mediator to develop capacities for congruence and empathy with clients."


A questão que se coloca:

É possível treinar qualidades pessoais?

SSP


7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

É o Ministro da Justiça um mediador?
É.
Entre o mau (o sistema instaldo) e o péssimo ( o que ele propõe e está a implementar).
Um grão de arei (apenas) no sistema (no mau sistema):
" Em Janeiro de 2004 iniciaram funções nos tribunais administrativos de círculo e tribunais tributários 84 novos juízes.
Não sairam directamente dos bancos da escola.
Foi-lhes exigido pelo menos CINCO anos de experiência em direito público.
Desde o 1º dia que julgam todo o tipo de acções e sem qulaquer limite de valor ou quaisquer outras condicionantes.
Julgam TODOS os processos que sejam da competência dos TAF e que, na sua maioria, eram anteriormente julgados por ... juízes conselheiros do STA!
Desses 84 juízes, 83 têm ainda o vencimento de ... juiz estagiário!
Sendo certo que o estágio que efctuaram terminou em 31/12 /2003!
Têm um vencimento inferior ao do secretário do tribunal.
Com o congelamento da progressão, poderão ficar como juízes estagiários durante vários anos!
A Administração pública portuguesa é, na sua quase totalidade, julgada em tribunais administrativos de círculo, mas por ... juízes que têm o estatuto remuneratório de juízes estagiários!
São este juízes tratados como estagiários que julgam as acções de milhões da contratação pública.
Que presidem aos julgamentos colectivos, tendo como asas juízes (os de nomeação anterior a 2003) que têm um vencimento 120% acima do seu.
Com que justificação???
Mais: Na lista de antiguidade da jurisdição administrativa e fiscal há juízes que, estando posicionados com menor antiguidade do que esses 83 novos juízes, ainda assim têm o estatuto remuneratório de juízes de círculo.
Porquê?
Há razões que a razão desconhece, mas que o CSTAF saberá, já que a respectiva deliberação foi por si tomada.
Sendo este o Séc. XXI, o país onde todas estas estas aberrações acontece só poderia ser Portugal?
Estou tentado a dizer que sim.
A justiça vai mal?
Perguntem ao poder político porquê!
Embora eles não saibam a resposta, porque são autistas, são, todavia, os verdadeiros responsáveis.
O poder político tem na mão os instrumentos da mudança.
E o que faz?
Experiências em cima do joelho!
Ensaia, sem nexo nem rigor, as soluções 'overnight'!
Aliás, só assim se justifica a tomada de medidas, perdão, de medidazitas, anémicas e que nenhum benefício trazem ao sistema judiciário nem aos cidadãos.
É uma vergonha que o ministério da justiça não saiba ou não queira saber, nem sequer conheça, como o demonstram as medidazitas tomadas, os verdadeiros problemas da justiça.
Mais fácil é dizer que os operadores judiciários são uns malandros.
Os advogados são uns malandros porque empastelam os processos e os juízes o ministério público e os funcionários são uns malandros porque não trabalham!
Valha-nos o ministro da justiça, que de tão desembaraçado e trabalhador está a lançar a justiça num CAOS!"

quinta-feira, julho 21, 2005 10:29:00 da manhã  
Blogger Sónia Sousa Pereira said...

Caro Xavier,

Estamos mal, não é?

Então faça-se alguma coisa para mudar.

Será que o sistema está neste estado apenas por culpa da "lei", ou do "poder político".

Em grande parte sim, mas assumam-se responsabilidades.

Passa por todos nós.

Passa também por aqui ou por qualquer outro meio onde a liberdade de expressão ainda vigore.

Será que uma mediação entre MJ, OA e Magistrados faria sentido?


SSP

sábado, julho 23, 2005 1:19:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Meu caro SSP,
A justiça é um dos sectores mais melindrosos do país, do Estado.
E apresenta (há já muitos anos) variadíssimos problemas, que os chamados operadores judiciários têm vindo a apontar.
O problema é que sexa o ministro da justiça desconhece os problemas.
Parece anedótico, mas é a realidade.
O homem não sabe do que fala.
Nem se rodeia de quem saiba.
Como pode haver soluções, que se querem boas soluções, para problemas que se desconhecem ou se conhecem apenas superficialmente???
Além do mais, há lobbies poderosíssimos que emperram toda a capacidade de mudança séria, caso ela existisse.
Mas nada disso existe: nem a vontade, nem a capacidade, nem sequer o simples conhecimento dos verdadeiros problemas.
Vou-me ficando convicto, com uma cada vez maior verosimilhança, que o futuro do país passará necessáriamente por um qualquer acordo ibérico que permita duas coisas: Colocar Portugal sob a alçada gestionária es+panhola e, por outro lado, salvar a face dos portugueses (ou, dito de outro modo: fazer de portugal uma província espanhola, mas de tal forma que os portuguese não só aceitem o facto como até nele tenham orgulho). Veremos...

sábado, julho 23, 2005 7:29:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Peço perdão pela gafe.
Repito o vocativo do meu anterior comentário:
"Minha cara SSP".
Cumprimentos.

domingo, julho 24, 2005 9:04:00 da manhã  
Blogger Sónia Sousa Pereira said...

Caro Xavier,

Calma, por favor...

Eu até percebo que se indigne com o estado da situação, mas daí a desejar ser integrado em Espanha...

Gosto muito dos "nuestros hermanos", mas ainda gosto mais de ser portuguesa.

Com muito orgulho!

Acho que este espírito de que fazemos tudo mal e que os outros são sempre melhores que nós também não ajuda muito, não acha caro Xavier?

Tenho para mim, que o que faz falta (além de animar a malta) é um pouco mais de auto-confiança e, sobretudo, sentido de responsabilidade.

Também ao Senhor Ministro farão falta várias características, nomeadamente (e voltando ao seu comentário inicial) as próprias de um mediador, que, manifestamente, não parece ter.

Sónia (para que não haja mais confusões)

terça-feira, julho 26, 2005 1:35:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caríssima Sónia,
Vou ficando convicto de que a Espanha está aqui tão perto, mas não o desejo.
Apenas vou lendo e ouvindo e lá que isso se diz, diz.
No mais é apenas um desabafo, que os blogs também para isso servem, com todo o respeito pelo seu (de que muito gosto, tenho lido e só agora tive a coragem de comentar).
Quanto ao orgulho de ser português comungo do mesmo sentimento pátrio.
Temo é que estejamos a chegar aos limites da nossa competência intelectual (limites circunscritos a um ciclo conjuntural, entenda-se).
A qualidade dos senhores políticos portugueses decaiu bastante e actualmente parece quase rastejar (parece que também os europeus e, a avaliar pelo americano, também os do outro lado do Atlântico).
Enfim, olhe, não faça caso.
Deve ser da falta de sol.
Vai ver que uma bela manhã acordamos aí com um TGV e uma Ota dos aviões comerciais e tudo se resolve.
Cumprimentos.

terça-feira, julho 26, 2005 6:46:00 da tarde  
Blogger Sónia Sousa Pereira said...

Caro Xavier,

Pelo menos tem o condão de me fazer rir...

Desabafe à vontade, que andamos todos nessa depressão politicoide.

Olhe, por mim, já há anos que ela dura e por onde quer que olhe (no cenário político, entenda-se), não há meio de sair convencida (ou vencida) por qualquer argumento que por aí se vislumbre.

Mas tenho fé.

Fé em mim e naquilo que posso fazer;

Fé nos meus filhos, para que eles possam contribuir para melhorar alguma coisa (pelo menos a sua própria vivência);

Fé em alguns profissionais, que lutando contra a maré, vão fazendo a diferença..

E é pela diferença, é pelo Homem, é pela Justiça que me vou perdendo por estas bandas.

Bem haja Xavier!

E ânimo!

Sónia

terça-feira, julho 26, 2005 7:09:00 da tarde  

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